sábado, 21 de agosto de 2010

Bel Saboya no "Conte sua História no Menu!"

Pessoas queridas, é com enorme prazer que apresento hoje a primeira história no Menu. A Bel foi a grande inspiradora desse quadro, espero que curtam junto com a gente toda sua aventura. Toda o crédito do texto é da própria Bel!

Beijos!
Quando vi a chamada para essa matéria, não tive dúvidas de que essa era a deixa e a oportunidade de contar a minha história. Encontrei o amor onde eu menos esperava e quando menos esperava.

Em 1997, tinha então vinte e oito anos e algumas certezas:  Uma delas é de que faria uma tatuagem. Outra certeza é de que adorava meu trabalho. Trabalhava como comissária de bordo em uma compania aérea fazendo vôos nacionais. Teria pela primeira vez, depois de dois anos trabalhando, um período de férias e decidi fazer uma viagem internacional.

O destino: Bali

O porquê: Não sei.  Eu não conhecia nada sobre o lugar. Não sabia ao certo onde ficava nem que língua se falava por lá. Conhecia de Bali apenas as cangas que chegavam ao Brasil e a sonoridade desse nome me encantava. Nessa época, uma grande amiga morava na Austrália e combinamos de nos encontrar lá. Para ela seria um “pulo”. Para mim, uma jornada.

Poucos dias antes de confirmar a passagem, ela me disse que não poderia ir. Fiquei desolada e acabei desistindo também, afinal de contas, uma viagem longa para o outro lado do mundo e sozinha? Fiquei  insegura.

Pensei em outros roteiros e nada me animava. Depois de muito ponderar, resolvi que não deixaria meus sonhos dependerem da vontade de outras pessoas e confirmei a passagem. Iria sozinha!

Não dá para descrever as emoções a partir dessa decisão. Era uma mistura de ansiedade, medo do desconhecido e orgulho por ter coragem de me jogar nessa aventura.

Soube que o irmão de um amigo que morava no Rio já havia feito essa viagem. Ele seria minha fonte de pesquisa. Ele me deu duas informações que anotei na minha agenda: O nome de um hotel chamado Bali Subak e o nome de uma pequena ilha paradisíaca no  meio do nada, cercada de água azul turquesa e areia branca por todos lados que eu não poderia deixar de ir: Gilli Trawangan.

Meu voo faria uma pequena escala em Buenos Aires, depois Johanesburg e Hong Kong. Partiria em uma quinta-feira e chegaria em Bali só no sábado à tarde.
Confesso que nunca rezei tanto em toda a minha vida. Aquele avião de repente se tornou um templo onde fiz inúmeros pedidos de proteção, saúde e sorte. Ia precisar de muita!

Em uma das intermináveis conexões desse vôo, senta-se ao meu lado Reinaldo, um carioca publicitário. Nos apresentamos e tivemos muito tempo para conversar. Era a etapa mais longa do vôo, duraria quatorze horas aproximadamente. O destino dele também era Bali. Me contou então que estava indo embora do Brasil e que também nunca havia pisado lá. Ele não tinha mais nada que o prendesse.Tinha se separado da mulher, perdido o trabalho e batido o carro. Queria recomeçar em outro lugar. Conhecia muitas pessoas que circulavam por lá e tinha alguns amigos brasileiros que moravam em Bali. Um desses amigos ia pegá-lo no aeroporto.

Ficou intrigado quando eu disse que não conhecia ninguém em Bali e que não havia ninguém me esperando. Não tinha reserva no hotel e nem data para voltar, pois se eu chegasse e não gostasse pegaria o primeiro vôo de volta para o Brasil. Desejei boa sorte a ele nessa nova vida. Nos separaríamos na próxima etapa do vôo pois a conexão dele era antes da minha. Eu ainda teria que esperar mais quatro horas no aeroporto de Hong Kong para pegar meu vôo.

Desembarcamos juntos e na porta do avião havia uma funcionária desesperada com uma plaquinha na mão com o nome dele escrito. Ele se apresentou:

- Mr. Reinaldo, rápido, por favor! Seu avião está no solo esperando pelo senhor para decolar! Rápido!Foi quando, sem combinarmos, ele disse à ela:

- Ela está comigo. E apontou pra mim.

Ela fez uma careta e disse:
- Mas o nome dela não está na lista. O vôo já está lotado.

E ele insistiu:
Ela está comigo!

- Ok! Ok! Rápido, por favor! Daremos um jeito.

Não sei que jeito ela deu mas embarquei. Iria economizar quatro horas de espera. Há essa altura já estava exausta. Depois de mais quatro horas voando finalmente chegamos. Eu me lembro de ter visto poucas fotos de Bali até então. Me lembrava mais da arquitetura do que das praias. Achei que fosse algo parecido com a Thailândia, com águas azuis, areia branca, coqueiros…

A história continua amanhã...


Izabel Saboya é consultora de turimo em Bali. Para maiores informação, acesse http://www.casabali.com.br/viagem_de_compras.html



Felipe Saboya é agente de compras e exportação de móveis e objetos da Indonésia. Para maiores informações acesse http://www.casabali.com.br/

5 comentários:

Fer disse...

Ahhhhh nao, tava tao entretida na historia....cade o resto???

bel saboya disse...

Boa Fernanda! Vai acompanhando que só fica melhor!

marcojapan disse...

...NA BOA MAS...ja estava viajando com os dois na correria da conexao e de repente....

que corte!!!!

Coloquem o texto completo que com certeza deve ser um sonho, alias, toda viagem a Bali e sempre um sonho....Bali surpreende sempre!!!

Aeromoça gentil disse...

vou voltar pra ler o resto! ótima estória!!

Portal Meio Aéreo

Katia Bonfadini disse...

Já estou adorando a história... a maneira da Bel escrever é muito gostosa e vou agora ler a segunda parte! Bjs!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails